De Acordo com o Conselho Internacional de Museus – ICOM, Museu é

uma instituição permanente sem fins lucrativos a serviço da Sociedade e de desenvolvimento, aberta ao público, que adquire, conserva, pesquisa, comunica e expõe/exibe o Patrimônio tangível e intangível da Humanidade e sua relação com o meio ambiente com fins de educação, estudo e fruição.

Essa concepção decorre de décadas de debate sobre a importância dos Museus na sociedade e qual a sua posição diante dela. É consenso hoje, independente da prática ou da aplicação, considerar o Museu um espaço e um instrumento de reflexão social. O Museu não é uma instituição isolada e nem estagnada – ou não deveria ser – no tempo. Portanto, a ideia da Exposição/Fórum é trazer para o espaço controverso e silencioso (mas não silenciado) dos Museus, no caso o espaço do Sobrado, reflexões e debates, a partir de diversas propostas, sobre temáticas específicas a serem discutidas em cada edição do evento. Para um bom debate, não há um só formato: seminários, palestras, oficinas, intervenções, performances, fotografia, desenhos, esculturas, pinturas, técnicas mistas são algumas das propostas que poderão trabalhar a temática da edição. A proposta é reunir teoria e prática, participar e enriquecer o conhecimento por meio de diferentes projetos para convergirem, divergirem e, acima de tudo, contribuírem para o tema proposto. Com o nome influenciado pelo trabalho do Museólogo Duncan Cameron, a Exposição/Fórum, cuja primeira edição ocorreu em 2016, visa proporcionar um espaço de debate livre, sem formato único, e múltiplo em suas manifestações. Parte indispensável desse processo são os trabalhadores integrantes dos Mundos da Arte e o público, que tornam toda a ideia desse projeto válida, possibilitando a troca de ideias, o enriquecimento do debate, a produção de críticas sobre o evento e sobre as ações inseridas, por fim: dão sentido a todo o debate na Exposição/Fórum e vazão à Museologia Crítica, que trabalha contextualizada socialmente e em favor dela.